Velho Fiat Stilo 2009

Fiat/Divulgação

A linha 2009 do Fiat Stilo chegou sem grandes novidades. Na prática, a única alteração foi a inclusão do kit HSD (High Safety Drive), composto por airbag duplo, ABS e freios a disco traseiros, como item de série, nas versões Sporting e Sporting Dualogic. Além disso, a Fiat criou mais dois kits de equipamentos, chamados de SP IV e SP V. Veja a lista copiada do site da Fiat (com uma pequena edição no texto):

Kit SP V: formado por bancos revestidos parcialmente em couro, HSD (airbag duplo + ABS), CD player Connect com viva-voz Bluetooth e entradas para iPod/USB, tapetes em carpete com bordado SP e siglas SP nas laterais. Tudo isso por R$ 4.360, o que representa uma economia de R$ 1.552 comparado ao valor da soma dos opcionais comprados separadamente.

Kit SP IV: bancos revestidos parcialmente em couro, rodas em liga leve 17″, pneus 215/50 R17, HSD (airbag duplo + ABS), CD player Connect com viva-voz Bluetooth e entradas para iPod/USB, mais tapetes em carpete com bordado SP e siglas SP nas laterais, por R$ 5.591, o que representa uma economia de R$ 542.

Uma nova versão, equipada com motor 2.4, que ficaria entre a Sporting e a Abarth, acabou não sendo lançada. Ainda não se sabe se ela está em estudos ou se foi apenas especulação. De qualque forma, ela custaria menos que os absurdos R$ 92.890 cobrados pela Abarth.

Vale lembrar que, no final de janeiro/início de fevereiro de 2008, a Fiat fez mínimas alterações estéticas no Stilo (deixou a dianteira mais bonita e a traseira mais feia) e lançou o câmbio manual automatizado Dualogic, inédito para a linha na época. Porém, o hatch médio continuou com o mesmo problema de sempre: o motor 1.8 flex, que desenvolve 112 cv de potência com gasolina e 114 cv com álcool. Ele não é ruim, tendo até bons números de torque; mas. além de muito ruidoso, ele é ultrapassado em termos de desempenho e, principalmente, consumo. A situação fica pior por causa do peso do carro: 1.230 kg. Só para efeito de comparação, o Chevrolet Astra hatch 4 portas, com motor 2.0 Flexpower de 121 cv (g) e 128 cv (a), pesa 1.180 kg – 50 kg a menos. Não é atoa que o modelo da “gravatinha dourada” anda mais e bebe menos que o italiano.

O que me agrada no Stilo é o conforto para os ocupantes e, principalmente, os itens tecnológicos. Mas, pelo que tenho percebido, o PRINCIPAL problema do carro são as rodas traseiras; ou melhor, a possibilidade de soltura das rodas traseiras. Fizemos até um videochat sobre o assunto, com a presença da Fiat, que se defendeu das acusações. Na época, ela alegou que, nos cinco casos analisados por ela, a quebra da roda foi uma consequência do acidente, e não a causa. Causa ou consequência, essa questão parece estar deixando os donos de Stilo com medo de rodar, pois eles não sabem se o problema pode ou não acontecer. Muito em breve teremos novidades sobre o caso.

O mais interessante é o fato de, mesmo com esse problema da roda e, mesmo depois dos flagrantes do Bravo rodando no Brasil – modelo será o substituto do Stilo por aqui -, o Stilo nunca vendeu tanto no Brasil. Desde março, suas vendas superaram 1.580 carros por mês, tendo como pico o mês de julho, com 1.924 unidades. O Astra é o líder da categoria, com o Volkswagen Golf em segundo e o Stilo em terceiro.

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