"Semi-novo" Honda New Civic 2009

Fotos: Honda/Divulgação

Qual seria a estratégia para mexer num veículo líder de mercado e que é referência em design e confiabilidade entre os concorrentes (não só diretos)? A resposta é simples: alterar quase nada. Foi com este pensamento que a linha 2009 do Civic começou a chegar, sem muito alarde, às concessionárias da Honda em todo Brasil. Como foram poucas mudanças, dei o título de “semi-novo” New Civic. O modelo ganhou alguns itens a mais de série e, principalmente,  uma mudança na dianteira, que ficou igual à do modelo norte-americano. Nós discutimos estas alterações aqui no De 0 a 100 em novembro do ano passado.

Mesmo mínima, ela deixou a dianteira do Civic mais bonita e esportiva. O pára-choque tem novo desenho, assim como a grade, agora do tipo colmeia, que está um pouco mais “musculosa”. Os faróis de neblina também mudaram de posição, localizados agora nas extremidades da frente (os “antigos” ficavam mais ao centro). Já a traseira ficou praticamente intacta. O lado positivo foi que a feia barra cromada no meio da tampa do porta-malas da versão norte-americana não veio para o nosso. O lado negativo foi que o porta-malas ficou com os mesmos 340 litros de espaço. Bem que a Honda poderia ter adotado o sistema pantográfico que, na pior das hipóteses, aumentaria um pouco a capacidade de carga.

Internamente, a versão LXS tem bancos com nova padronagem de tecido (couro na EXS) e piloto automático. Já a EXS sai de fábrica com luzes internas com leds de alta intensidade, entrada USB e controle de estabilidade (VSA) – o sistema aplica força de frenagem independente a cada uma das quatro rodas e, ao mesmo tempo, interage com os sistemas de aceleração, funcionamento do motor e controle de tração. Só lembrando que todas as versões são equipadas, de série, com airbag duplo, freios ABS com EBD.

O Civic 2009 está disponível nas cores Cinza Spectrum Perolizado, Verde Deep Perolizado e Preto Cristal Perolizado, o modelo será comercializado em Branco Taffetá Sólido, Dourado Poente Metálico, Grafite Magnesium Metálico, Verde Vermont Perolizado, Prata Global Metálico e Cinza Palladium Metálico. Já o Civic Si está disponível nas cores Vermelho Rally Sólido, Preto Nighthawk Perolizado e Prata Global Metálico.

Falando no Si, ele tem agora novos tecidos nos bancos, entrada USB, faróis de neblina e airbag lateral – todos de série. A versão também recebeu a nova dianteira, mas com uma diferença: a grade dianteira foi ampliada e está na cor preta, diferentemente da versão anterior que era pintada de acordo com a cor do modelo.

Veja abaixo os preços médios da linha 2009/2009. Os valores dependem da cidade e da concessionária. Dentro dos parenteses coloquei o preço sugerido pela Honda para o estado de São Paulo. Vale ressaltar que o Civic ficou mais caro.

. Honda Civic LXS mecânico: R$ 63.900 e R$ 65.900 (sugerido: R$ 64.365)
. Honda Civic LXS automático: R$ 68.900 e R$ 70.900 (sugerido: R$ 69.340)
. Honda Civic LXS mecânico com bancos de couro: R$ 65.500 e R$ 65.990 (sugerido: R$ 65.990)
. Honda Civic LXS automático com bancos de couro: R$ 70.500 (sugerido: R$ 70.955)
. Honda Civic EXS automático: R$ 83.000 e R$ 83.800 (sugerido: R$ 83.810)
. Honda Civic Si: R$ 97.000 (sugerido: R$ 96.965)

Para quem não se importa com a “novidade”, o Civic 08/08 ainda pode ser encontrado com um belo desconto. A versão EXS, por exemplo, custa R$ 71.990.

A Honda poderia ter colocado novos equipamentos de série no Civic 2009, como ar-condicionado digital e computador de bordo (no LXS) e, principalmente, sistema de som com conexão Bluetooth para celular (todas as versões). Mesmo questionado por muitos, sensor de estacionamento também poderia ser de série para todas a linha.

Na prática, o Civic continua um excelente carro – um dos melhores do mercado nacional na minha opinião. A linha 2009 ficou com a dianteira ainda mais bonita. Mesmo com alguns equipamentos a mais, o sedã japonês poderia ser um pouco mais equipado de série e ter uma lista maior de opcionais. Já o porta-malas, considerado o ponto fraco do carro, também poderia ser maior. Mas, se isso fosse realmente um problema sério, o carro não estaria vendendo tanto.

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