Uma boa ideia para ajudar a renovação de frota no Brasil!

Já faz algum tempo que venho observando, com mais detalhes, o trânsito das cidades brasileiras, sejam elas grandes metrópoles, como São Paulo e Belo Horizonte, médias/grandes, como São José dos Campos; médias, como São João Del Rei, e pequenas, como Ritápolis e Coronel Xavier Chaves. Todas elas tem um ponto em comum, que precisa ser urgentemente trabalhado: muitos carros velhos. Além de poluírem bem mais o planeta, motivo esse que já justificaria a troca do veículo, eles são menos seguros e bebem mais combustível.

A partir disso, faço aqui uma sugestão para ajudar na renovação de frota no Brasil! Confira!

Se isso já não fosse o suficiente, temos que conviver com os motoristas que acham que estão “abafando” no trânsito, instalando faróis de xenônio em Monzas e Chevettes e aumentando a potência (via turbo ou macumba) de Gols e Voyages da geração 1 – segurança reduzida ainda mais para todos!

Mas o que pode ser feito então para os donos de veículos mais velhos trocarem de carro?

O primeiro passo seria um financiamento especial para quem der no negócio um veículo com mais de 10 anos de mercado. Além do carro entrar com um valor X, a pessoa ainda ganharia um bônus, como juros mais baixos no financiamento.

Outro passo importantíssimo, que considero bem mais prático de ser feito (embora polêmico e com a enorme capacidade de gerar reclamações) seria o IPVA invertido, ou seja, quanto mais novo o seu carro, menos imposto você paga. Dessa forma o consumidor se sentiria sempre estimulado em ter um veículo mais novo na garagem.

Veja como poderia ser a ideia abaixo:

  • Carro 0 km – Valor do IPVA será 3% do preço de mercado do veículo
  • Carro com um ano de uso – Valor do IPVA será 4% do preço de mercado do veículo
  • Carro com dois anos de uso – Valor do IPVA será 5% do preço de mercado do veículo
  • Carro com três anos de uso – Valor do IPVA será 6% do preço de mercado do veículo
  • Carro com quatro anos de uso – Valor do IPVA será 7,5% do preço de mercado do veículo
  • Carro com cinco anos de uso – Valor do IPVA será 8,5% do preço de mercado do veículo
  • Carro com seis anos de uso – Valor do IPVA será 10% do preço de mercado do veículo
  • Carro com sete anos de uso – Valor do IPVA será 12% do preço de mercado do veículo
  • Carro com oito anos de uso – Valor do IPVA será 14% do preço de mercado do veículo
  • Carro com nove anos de uso – Valor do IPVA será 16% do preço de mercado do veículo
  • Carro com dez anos de uso – Valor do IPVA será 20% do preço de mercado do veículo

Todos ganhariam, já que o carro velho sairia de circulação; e o novo, menos poluente e mais seguro, entraria no seu lugar. O mercado de novos e usados se manteria aquecido, com as fábricas produzindo bastante, gerando empregos.

Reciclagem

Mas o carro velho, daqueles que não sem condições de rodar com qualidade, precisaria, sem falta, ser reciclado.

Para não acabar com a vida dos colecionadores, a partir de um determinado ano, o IPVA do carro passaria a ter um valor fixo – ainda assim o mais alto possível, por causa do alto consumo e da poluição emitida.

E vocês, o que acham da ideia?

Comentários

  • Parizzi sinceramente, sou contra este aumento progressivo do IPVA. Acho que deveriam eram pagar os mesmos percentuais que todos pagam. Isso seria transferir o problema do carro velho para o propriétário (consumidor), que é sempre quem paga o pato sozinho. Gosto dos carro velhos circulando, não gosto é de carros caindo aos pedaços circulando. O interessante seria o governo obrigar as montadoras, a fazerem projetos pra adequarem os carros antigos as novas regulamentações, e claro que não vai ter como colocar um Air Bag em um Fusca…mais acho que dá pra melhorar os Freios, colocar um catalizador, e uma injeção eletronica em 100 % dos carros velhos. E claro, as fabricantes lucrariam com isso…um prazo para os donos se adaptarem também seria interessante. Deveriam também acabar com essa raça chamada despachante(99,9% deles), que sempre dá um jeitinho de fazer (sem fazer) a vistoria de um carro caindo aos pedaços.

  • Parizzi, concordo tanto com a questão do IPVA invertido que já cheguei a enviar uma sugestão disso a mais de 1 ano atrás ao deputado Délio Malheiros que me respondeu prontamente e me informou que ele também era a favor da idéia e que inclusive já tinha tentado um diálogo com os assessores da Secretaria da Fazenda, porém encontrara alguns impedimentos e que continuaria tentando implementar a idéia.

    Concordo 100%!

  • Anonymous disse:

    Discordo, infelizmente vivemos num país onde grande parte da população é desfavorecida economicamente. Um ipva alto inviabilizaria a compra de automóveis pelo cidadão, retirando parte do seu direito de ir e vir.

  • Acho que deveriam ter alguns bônus e outras vantagens para quem quiser trocar o veículo antigo por um novo, mas eu também gosto de ver veículos antigos rodando, sou contra tb os que ficam caindo aos pedaços, e sobre os antigos conheço quem tenha um logus 95 com apenas 40mil rodados, ou seja, e antigo e está praticamente novo, e essa idéia do ipva acho bem legal, pois mesmo sendo uma porcentagem mais alta do veículo mais antigo, com a desvalorização que ele possui talvez não iria ficar um valor tao alto assim.

  • Visão equivocada, Parizzi. Não estamos no Japão nem na Europa. Terceiro mundo é assim: pouco dinheiro, carro velho. O problema é que não há fiscalização. Não há vistoria do carro, das emissões. Como disse o amigo, não se pode simplesmente fazer o pobre pagar o pato.

  • concordo com o Igor, fica inviavel pois nosso pais possui grande parte da população menos favorecida. Seria melhor fazer como os EUA fez ai recentemente, “troque sua lata velha” o governo da um incentivo financeiro para trocar a lata velho por um zero KM.

  • Daniel disse:

    Também sou a favor de inspeção veicular anual ao invés de aumento de IPVA. Chega de impostos!
    Tem carro com dois anos de uso que já estão um caco e rodando. Acho também que a idéia de obrigar certos equipamentos é mais interessante.

  • Eu acho que uma vistoria rigorosa seria o mais correto. Carro velho mal cuidado é um problema sério tanto em termos de poluição quanto de segurança. Aplicar multas ou aumentar o IPVA sobre esses veículos que não fossem aprovados na vistoria seria o mais sensato, acredito.

    Já vi nos EUA que o veículo reprovado no teste de emissões tem um certo tempo para realizar as revisões e, então, entrar no padrão por meio de outra vistoria. Em caso negativo, a multa é bem pesada, chegando ao impedimento de circulação.

  • Anonymous disse:

    O direito de ir e vir não está na compra de um carro, pode ter este direito de diversas maneiras: a pé, de Bicicleta, carrinho de mão, velocípedes, ônibus, cavalos e gericos e demais quadrúpedes que se possa montar.

  • renato dantas disse:

    Aviso aos blogueiros é apenas uma opinião, carro é para quem pode e não para quem quer, digo isto pelos gastos abaixo.
    1 – IPVA.
    2 – Seguro obrigatório.
    3 – Taxa de licenciamento.
    4 – Seguro do bem (quando pode ser feito).
    5 – Combustíveis
    6 – Manutenção (peças e mão de obras).
    7 – Conserto em caso de colisões.
    8 – Multas (quando houver).
    O melhor remédio seria uma vistoria rigorosa e séria por parte das autoridades, caso o carro não seja regularizado aí sim, retirada definitiva de circulação sem dó nem piedade.
    Me disseram que na Inglaterra após o terceiro aviso para pagamento do IPVA local, e o dono não providenciar tal pagamento o carro será recolhido para o ferro velho e destruído.

  • Pois é troquem seus 2105 usados por um novo!

    Mas Renato pense o seguinte, a maioria dos que possuem carros antigos é pq ñ tem como manter, de que adianta aumentar o IPVA se com 20 anos ele já ñ paga mais? Outra, eles desvalorizam a cada ano, 20% do preço de um Chevette é o que? Uns 200 reais? Nem isso dependendo do estado do carro, o dono simplesmente ñ paga e quando passar por uma blitz entrega o carro, vai a um leilão e compra outro tão ou mais lascado que o anterior e continua a andar irregular. Fora as feiras que vendem carros roubados a luz do dia.

  • Marcelaum disse:

    Concordo que a melhor opção seria uma vistoria anual nos veículos, mas ao mesmo tempo isso abriria ainda mais espaço para corrupção. Tipo: “me paga uma onça que te libero”. Quanto a vistoria, o que discordo é o governo querer empurrar mais esta conta para nós que continuaríamos pagando IPVA com vias de péssima qualidade. Enfim, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.

  • WLADIMIR PEREIRA disse:

    Carro mal conservado deve ser banido do trânsito seja novo ou velho. Isonomia se todos usam as mesmas pistas que pagem IPVA (CONCORDO COM RENATO DANTAS). O trânsito é caótico porque muitos andam em carroças sem a m´nima condição de trafegar e ainda se gabam por serem isentos de IPVA. Fiscalização já!

  • WLADIMIR PEREIRA disse:

    LULA vale carroça já para o brasileiro andar em um carro melhor e menos poluente já con cinto de três pontas retrátil, encosto de cabeça, DH, AR, ABS, AIRBAG, desembaçador/limpador traseiro, etc.

  • Renato,

    Discordo radicalmente… rsrs.

    O pobre não pode pagar pela sanha arrecadatória dos governos e pela ganância das fábricas. E vc ainda se fala em preservar os colecionadores, uma classe minoritária e endinheirada? Fala sério. Putz.

    Com todo o respeito, essa é uma visão tacanha de rico egoísta. E geralmente vem sob o falso argumento de preservação ambiental, segurança etc.

    É público e notório que a maioria dos acidentes de trânsito (estima-se em 96%) ocorrem por falha humana e não mecânica.

    Como os ricos se livram de seus carrões beberrões com 02 ou 03 anos de idade?

    Carro velho e bem cuidado nas mãos de bons motoristas não causam problema algum. Então, que se façam vistorias semestrais (gratuitas).

    Quanto à segurança, que se reavaliem os motoristas em exames de direção, cassando a CNHs daqueles que as receberam sem ter condições para dirigir (seguramente uns 40% perderiam a carteira de motorista).

    Abs.

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