Chevrolet Vectra GT com os dias contados? O mercado agradece?

Primeiramente, mas de forma mais rápida, vou repetir o que já disse inumeras vezes: sou fã do Chevrolet Vectra GT. Sei que ele é caro, vende pouco, tem motor 2.0 superado e que até o seu nome é polêmico. Mas acho o carro muito legal assim mesmo, especialmente pelo visual.

Mas o foco desse post é outro: o mais popular dos modelos do Impressões do De 0 a 100 (até o momento) – veja aqui, aqui e aqui – parece estar mesmo com os dias contados. E sua morte, segundo o caça-segredos Marlos Ney Vidal, está mais próxima de acontecer do que o esperado: junho.

A Chevrolet precisa se mover rápido para recuperar o terreno perdido nos segmentos de hatches médios. O bom e velho Astra não da mais conta do recado. E o Vectra GT, principalmente pelos dois primeiros motivos citados no início, não emplaca no mercado. Vejam as vendas dos dois, segundo a Fenabrave.

Chevrolet Astra
2008: 25.356 unidades emplacadas (média mensal: 2.113)
2009: 29.678 unidades emplacadas (média mensal: 2.473)
2010: 29.044 (unidades emplacadas média mensal: 2.420)
2011 (janeiro e fevereiro): 3.097 unidades emplacadas (média mensal: 1.548)

Chevrolet Vectra GT
2008: 12.949 unidades emplacadas (média mensal: 1.079)
2009: 11.450 unidades emplacadas (média mensal: 954)
2010: 10.813 unidades emplacadas (média mensal: 901)
2011 (janeiro e fevereiro): 1.121 unidades emplacadas (média mensal: 560)

Acompanhe o crescimento dos principais concorrentes do segmento:

Hyundai i30
2009: 13.353 unidades emplacadas (média mensal: 1.907 – desde o lançamento em junho)
2010: 35.922 unidades emplacadas (média mensal: 2.993)
2011 (janeiro e fevereiro): 6.569 unidades emplacadas (média mensal: 3.284)

Ford Focus
2008: 13.181 unidades emplacadas (média mensal: 1.098)
2009: 16.704 unidades emplacadas (média mensal: 1.392)
2010: 25.351 unidades emplacadas (média mensal: 2.112)
2011 (janeiro e fevereiro): 4.659 unidades emplacadas (média mensal: 2.329)

 A solução para a perda de espaço atende por um nome: Cruze (hatch). A Chevrolet já confirmou que produzirá quatro novoas modelos em São Caetano do Sul (SP) em 2011. Além do Cruze sedã e do novo sedã compacto premium da marca (GSV – provável Cobalt), o Cruze hatch está na lista. O quarto vamos ficar ainda na expectativa.

O Cruze hatch será equipado com o motor 1.8 16V Ecotec flex, que deverá ter, pelo menos, 141 cv de potência e 17,9 kgfm de torque com gasolina. Ainda de acordo com o Marlos, o Cruze hatch terá preços iniciais na casa dos R$ 67.000. Eu realmente espero um valor mais baixo, partindo da lacuna entre R$ 55.000 e R$ 60.000. Mas como a GM prepara também o substituto do Astra, não será surpresa se o Cruze hatch partir mesmo da casa dos R$ 65.000.

Na Argentina, o Cruze sedã já é vendido. O modelo mede 4,597 m de comprimento, 1,788 m de largura, 1,477 m de altura e tem 2,685 m de distância entreeixos. Seu tanque tem capacidade para 60 litros e o porta-malas leva 450 litros. Em termos de segurança, o Cruze LT hermano tem, de série, quatro airbags, freio a disco nas quatro rodas com ABS e EBD, cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes. Já o LTZ tem ainda airbags laterais do tipo cortina, controle de estabilidade, tração e assistência de frenagem de emergência.

O Cruze LT vem equipado com banco traseiro bi-partido, ajuste de altura do banco do motorista, coluna de direção regulável em altura e profundidade, retrovisor interno eletrocromico, ar-condicionado, trio elétrico, regulagem elétrica da altura dos faróis, computador de bordo, sistema de som com quatro autofalantes e dois twitters, entrada auxiliar e CD Player com leitor de MP3 com comandos no volante; piloto automático e rodas de aro 16″. Já o LTZ tem os mesmos equipamentos, além de rodas de aro 17″, teto solar elétrico, sensores de chuva e estacionamento, retrovisores externos eletricamente rebatíveis e revestimento dos bancos em couro.

Esperamos que o hatch siga a mesma linha do sedã, com uma boa oferta de equipamentos de série. Tomara que a Chevrolet não seja igual a Ford, criando uma espécie de Cruze GL. Já repararam que em nenhum comercial da Ford o Focus GLé chamado de “completão”? Por que será?

Finalizando, respondendo à segunda pergunta do título: mercadologicamente, sim, o mercado agradece.

Fotos: Chevrolet/Divulgação

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