Na linha 2014/2014, Fiat 500 fica bem mais caro, mas ganha uma nova versão Cabrio mais barata. Sport Air dá adeus

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A “lei do mercado” é clara, direta e, de um ponto de vista, excelente e, de outro, cruel. Dessa forma, para a linha 2014/2014 do simpático 500, a Fiat parou de ofertar a versão intermediária do modelo, Sport Air 1.4 16V (manual e automática), e fortaleceu a simpática versão Cabrio, que fica mais barata graças, especialmente, à nova adoção do motor 1.4 8V. A marca também elevou bastante o valor da versão de entrada, Cult – uma pena mesmo que o pequeno italiano tenha ficado bem mais caro.

Agora, o 500 2014/204  é vendido nas versões Cult 1.4 8V Flex, Cult 1.4 8V Flex Dualogic, Cabrio 1.4 8V Flex, Cabrio 1.4 8V Flex Dualogic e Cabrio 1.4 16V Flex automático.

A novidade fica por conta do 500 conversível com motor 1.4 8V EVO flex, manual ou manual automatizado Dualogic (ambos de cinco marchas). Essa motorização é a mesma que equipa Palio, Uno, Punto, Grand Siena, Siena, Strada, Idea e Weekend, além do próprio 500 Cult, e desenvolve  85 cv de potência e 12,4 kgfm de torque com gasolina e 88 cv e 12,5 kgfm com etanol.

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Com essas novas opções 1.4 8V, o primeiro conversível oficial da Fiat no Brasil e que leva também o título do conversível mais barato do nosso mercado, passou a ser mais acessível para o bolso do consumidor brasileiro. Por outro lado, a versão equipada com o interessante propulsor 1.4 16V Flex passou a ser mais inacessível para o consumidor brasileiro, pois ficou 3,12% mais cara – mesmo sem o aumento do IPI, que foi adiado para 1º de janeiro de 2015.

De qualquer forma, o 500 Cabrio 1.4 EVO Flex traz duas opções de cor para o teto: preto e vermelho. Ele pode ser operado por meio de comandos elétricos e tem três posições diferentes de vão de abertura, que se retrai até a tampa do porta-malas. A ação de abertura ou fechamento pode ser feita com o carro em movimento a uma velocidade de até 80 km/h. Falando do porta-malas, na versão Cult, com teto normal, a capacidade é de 185 litros, enquanto na Cabrio, o volume é de 153 litros.

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O 500 Cabrio vem importado do México equipado, de série, com direção elétrica Dual Drive, airbag duplo, freios com ABS + EBD, ESP, Hill Holder, ESS (sinalização de frenagem de emergência), ASR, sensor de estacionamento, ar-condicionado, trip computer A e B, rádio CD com MP3 e entrada auxiliar, seis alto-falantes, faróis dianteiros com regulagem elétrica de altura, predisposição para fixação de cadeira infantil ISOFIX, bancos dianteiros com easy-entry, banco do motorista com apoia-braço, memória e regulagem de altura, banco do passageiro com memória, banco traseiro bipartido, retrovisores externos elétricos, função Sport, vidros e travas elétricos, chave canivete com telecomando de abertura e fechamento das portas, follow me home, comando elétrico de abertura do porta-malas e da tampa de combustível, volante com regulagem de altura, tomada de 12V no console central, rodas de liga leve 15 polegadas, porta-objetos sob o banco do passageiro, nas portas, no encosto dos bancos dianteiros e no console central, entre vários outros itens.

Fiat 500 Cabrio Dualogic 1.4 EVO Flex traz os mesmos itens de série da versão mecânica, além, é claro, do câmbio manual automatizado Dualogic. Entre os opcionais há volante revestido em couro com comandos do rádio, piloto automático, Blue&Me (com interfaces Bluetooth e USB) e pacote áudio Alpine Premium. O motor 1.4 16V da versão Cabrio automática de seis marchas desenvolve 105 cv de potência e 13,6 kgfm de torque com gasolina e 107 cv e 13,8 kgfm com etanol.

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Se a notícia é boa para os fãs do 500 conversível, o mesmo não pode se dizer de quem queria comprar a versão de entrada do pequeno Fiat, a Cult, única com teto normal. Digo isso porque ela aumentou salgados 6,33% com câmbio manual e 4,05% com transmissão manual automatizada Dualogic – repito: sem a elevação do IPI! Além disso, a elevação de preço (R$ 3.000 da versão manual e R$ 2.010 da Dualogic) não adicionou nenhum equipamento de série relevante que compensasse o aumento, como o Kit Convenience 1 (composto por Blue&Me – sistema operado por comandos de voz, com porta USB e viva-voz Bluetooth – compatível com iPod; pack áudio Alpine Premium, piloto automático e volante revestido em couro com comandos do rádio), que também ficou mais caro.

FiatPreço – 2013/2014*Preço – 2014/2014Aumento
500 Cult 1.4 8VR$ 44.390R$ 47.3906,33%
500 Cult 1.4 8V DualogicR$ 47.590R$ 49.6004,05%
500 Sport Air 1.4 16VR$ 51.690
500 Sport Air 1.4 16V automáticoR$ 55.910
500 Cabrio 1.4 8VR$ 56.900
500 Cabrio 1.4 8V DualogicR$ 59.900
500 Cabrio 1.4 16V automáticoR$ 64.230R$ 66.3003,12%

*: Preços sugeridos no site da Fiat nos meses de fevereiro, março, abril, maio, junho e julho de 2014.

Por isso eu disse no início que a “lei de mercado” é excelente e cruel. Excelente para quem vende, pois está no direito de alterar os preços de acordo com a oferta e com a demanda. Quem compra também pode se beneficiar com uma redução ou sofrer com o aumento de valores que, no caso do 500 Cult, especialmente o manual, foi exagerado, piorando a sua relação custo/benefício.

Todas as versões do Fiat 500 2014/2014 estão agora disponíveis nas cores: Vermelho Sfrontato, Branco Caldo (sólidas); Branco Gioioso e Vermelho Briliante (perolizadas); Prata Argento (metálica); mais as novas cores, Preto Gara (sólida) e Cinza Nuvoloso (metálica).

Para a linha 2015, o simpático compacto da Fiat deverá receber o novo painel, que foi recentemente alterado em outros mercados pelo mundo. Talvez ele justificasse o aumento de preço aplicado no 500 2014/2014 vendido no Brasil.

Comentários

  • Fernando Castro disse:

    Veja que em um post do próprio blog há a notícia de que o 500 chegaria no Brasil por 39.900,00, em 2011. De 39.900,00 para 47.390,00 são quase 19% de aumento em 3 anos. Inacreditável.

  • Rodrigo disse:

    A Fiat ACABOU com a relação custo/benefício do 500! Um absurdo completo! Vergonha! Daqui a pouco eles voltam a vender o carro pelo mesmo preço do antigo 500 polonês, partindo de 60 mil reais!

  • Enrico disse:

    será q a fiat vive em outro mundo? não tivemos aumentos de ipi; o 500 vem do mexico – é favorecido pelo acordo de redução de tributos de importação… não existe motivo para esse abuso de preços! parizzi, essa sua tese da lei do mercado é está mais para “ingles ver” (com todo respeito), pois a fiat está tentando fazer o consumidor de bobo! só pode! “de graça” aumentar 3k não faz sentido! E o carro não ganhou nenhum equipamento novo de série! depois dessa, melhor deixar o 500 para lá e investir em outros modelos, de preferência de outra marca.

  • Bruno/SP disse:

    Foi a melhor matéria que li sobre esse 500 2014. Nenhuma outra falou do aumento de preços da versão Cult. Parabéns! Agora é fazer contas para saber se a minha esposa vai ter o 500 ou n….

    • Alexandre disse:

      Já tinha como certo comprar o cult em dezembro para minha esposa.
      O sonho acabou… Agora estou de olho em outras marcas, pois não aceito esse tipo de mercado por parte da fiat.

  • Lucas Moreira disse:

    FIAT acaba de me dar um chute na boca do estômago e um tapa na cara. Eu aqui com meus botões, estava contando os dias para ter um carro tecnologicamente agradável com preço razoável, apenas esperando o modelo atualizado 2015 chegar, para adquirir o meu desejado 500, automático com o motor MultiAir. Planejava, então, desembolsar para a versão Sport entre 56 e 60 mil, adicionando os mimos como o Kit Convenience. Agora, para ter um câmbio automático e motor decente, vou ter que desembolsar ONZE MIL REAIS a mais pela versão Cabriolet. Essa que, na minha opinião, está no limiar entre o exótico e o cafona. Nem sei mais o que fazer, só sei que Dualogic+EVO da versão Cult, nem cogito.

  • Zé Maria disse:

    Desisti de comprar um 500 para a minha filha… Ficou caro demais. Pelo visto vamos completar 20 anos sem um Fiat na garagem daqui de casa por causa desse aumento absurdo de preços…

  • Lucas disse:

    Em primeiro lugar, parabéns Renato Parizzi, pois seu site foi o único até o momento que mostrou esse aumento infundado do Cult 2014…
    3 mil reais a mais, sem nenhum benefício para o consumidor é no mínimo revoltante.
    Seria meu próximo carro no final do ano. Seria, se a Fiat não fosse tão gananciosa e tratasse o brasileiro como um povo desprovido de conhecimento e discernimento.

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