Renault Fluence 2015 fica mais bonito e ganha melhorias internas. Preços deveriam ser mais agressivos

Renault-Fluence-Privilege-2015Quando foi lançado, ele se tornou uma das melhores alternativas à dupla Honda Civic e Toyota Corolla. Com o passar do tempo, o modelo foi perdendo atratividade por causa da evolução dos concorrentes, em especial o Citroën C4 Lounge e o Nissan Sentra. Mesmo com a chegada de séries especiais e da versão turbo, o sedã francês continuou com o seu brilho em decadência. Mas, agora, finalmente, o Renault Fluence 2015 chega mais bonito e com melhorias internas, além de ter corrigido um erro no quesito segurança. Mas seus preços deveriam ser mais agressivos. Será que o sedã tem qualidades para voltar ao Top 5 do segmento, se tornando novamente o líder das alternativas à velha dupla japonesa?

O Renault Fluence 2015 chega às concessionárias da marca do todo Brasil disponível, nesse momento, apenas nas versões Dynamique (manual e CVT) e Privilège (CVT). A esportiva de mentira, GT Line 2.0, e a esportiva 2.0 Turbo, estão com as vendas suspensas, provavelmente aguardando o momento certo de darem as caras novamente (primeiro trimestre de 2015 para a turbo).

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Dianteira é a principal novidade do Renault Fluence 2015

Externamente, o principal destaque do Fluence 2015 é a sua nova dianteira, que agora segue a identidade visual adotada pela marca no mundo – já vista por aqui no Logan, no Sandero e até no Clio. O escudo da Renault cresceu, assim como a grade. No novo para-choque, destaque para as luzes diurnas de LED, lamentavelmente disponíveis apenas na versão topo de linha, Privilège – que também recebeu as únicas alterações na traseira, também com lanternas de LED. As rodas, de 16″ no acabamento Dynamique e de 17″ no Privilège, têm novo desenho.

As alterações tornaram o Fluence mais bonito e, porque não, moderno, embora não tenham trazido nenhuma novidade. Os atuais donos do Fluence deverão concordar que as mudanças fizeram bem ao modelo, mas provavelmente irão reclamar da sua semelhança excessiva com o Logan (já vimos esse filme antes com a Volkswagen – Jetta e Voyage). Já os donos do sedã menor irão comemorar o ganho de status de seus carros, afinal, ele é a “cara” do sedã médio da marca.

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Traseira praticamente não mudou

Por dentro, apenas duas mudanças marcantes: o velocímetro, que agora é digital para a toda a linha (já era nas versões GT e Turbo), e a tela localizada na parte superior central do painel, que cresceu de 5,8” para 7”. Ela é sensível ao toque e vem com a central multimídia R-Link, composta por GPS, sistema de som, conexão bluetooth para o celular e a função Eco Drive, que ajuda o motorista a dirigir de forma mais econômica.

O motor 2.0 16V do Renault não sofreu alterações e continua desenvolvendo os mesmos 140 cv de potência e 19,9 kgfm de torque com gasolina e 143 cv e 20,3 mkgf com etanol – potência alcançada a 6.000 rpm e torque atingido a 3.750 giros. São números interessantes, mas já superados pela maioria dos concorrentes, como Corolla, Civic, Peugeot 408 e C4 Lounge. O Sentra, da irmã Nissan, tem motorização 2.0 16V flex que gera 140 cv de potência a 5.100 rpm e 20 mkgf de torque a 4.800 rpm com qualquer combustível).

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Velocímetro digital, ar-condicionado de duas zonas e R-Link: destaques do Fluence 2015

Na prática, o Fluence anda bem, não deixando nada a desejar em relação aos adversários, tanto com câmbio manual de seis marchas, quanto com a transmissão automática CVT (Xtronic), que tem a opção de trocas manuais pela alavanca (infelizmente sem borboletas), simulando seis marchas – para a linha 2015, poderia ter evoluído para, pelo menos, sete velocidades (como no Corolla e no Honda City).

Em termos de espaço, o Fluence continua levando bem os seus ocupantes graças aos 2,70 m de entre-eixos, distância que permaneceu inalterada para a linha 2015, assim como as outras dimensões: 4,62 m de comprimento, 1,47m de altura e 1,81 m de largura. O tanque de combustível continua com bons 60 litros de capacidade, assim como o porta-malas mantém os ótimos 530 litros de volume.

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Renault Fluence Privilège 2015 tem rodas de 17″ – inadequadas para o piso brasileiro

Preços e equipamentos

Por R$ 66.890, o Renault Fluence Dynamique vem com câmbio manual de seis marchas e, de série, com ar-condicionado digital dual zone, quarteto elétrica (direção, travas retrovisores e vidros – esses com um-toque para todos), volante ajustável em altura e profundidade, controle de cruzeiro (piloto automático), sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis no banco traseiro; sistema de som CD/MP3 com comandos satélite, airbags frontais e laterais, sistema de freios ABS com assistência de frenagem de urgência (AFU) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD); controle de estabilidade (ESP), controle de tração (ASR), chave cartão hands free (permite travar e destravar as portas com maior facilidade e dar partida no motor sem a necessidade da chave no contato), entre outros. Essa versão deverá ser responsável por cerca de 10% das vendas.

Pagando R$ 71.890, você leva a versão Dynamique com trnamissão automática CVT, que simula seis marchas com toques na alavanca do câmbio – expectativa que essa opção responda por 65% das vendas. Se quiser gastar R$ 74.890, você pode comprar o Fluence Dynamique Plus, que vem automático CVT, sistema multimídia R-Link e com os bancos revestidos em couro.

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Câmbio automático CVT permite trocas manuais pela alavanca

Por altos R$ 82.990, o Fluence Privilège vem com os itens do Dynamique CVT Plus com a adição de faróis de xênon e o teto solar, luzes LED nas setas integradas dos retrovisores, rodas aro 17”, câmera de ré (permite visualizar as imagens na tela do R- Link), seis airbags (dianteiros, laterais e cortina), cartão hands free com função walk away closing (basta se afastar do carro, por cinco metros, de posse da chave, para ocorrer o travamento das portas e o recolhimento automático dos retrovisores).

Resumo da obra

Respondendo à pergunta do início do post, o Renault Fluence 2015, sem dúvida, tem chance de voltar ao Top 5 do segmento. Atualmente o modelo está em oitavo, atrás de Toyota Corolla (1º), Honda Civic (2º), Chevrolet Cruze (3º), Nissan Sentra (4º), Citroën C4 Lounge (5º), Volkswagen Jetta (6º) e Ford Focus Sedan (7º).

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Tela de 7″ para o sistema multimídia R-Link do Renault Fluence 2015

Mas, para ter mais sucesso, a marca francesa deveria ter adotado a mesma estratégia da irmã Nissan, que coloca o preço da versão topo de linha do Sentra (SL) na casa de R$ 75.000, ao invés de seguir o mesmo modelo da Honda, que tem a versão intermediária do Civic (LXR) girando em torno dos mesmos R$ 76.000. Dessa forma, o Fluence teria um potencial muito mais agressivo de mercado. Pelo menos a estratégia não é da Toyota, que cobra bem caro pelo Corolla, especialmente os 2.0 (XEi e Altis).

No mais, o sedã médio da Renault continua agradável, mais bonito e com uma boa lista de equipamento de série. Com o tempo saberemos se ele evoluiu o suficiente.

Comentários

  • Bernardo disse:

    Um bom carro, igualmente injustiçado como o Peugeot 408 THP. Porém, nessa nova atualização, acredito que poderia ter havido mudanças um pouco mais agressivas e com preço competitivo.

  • flairton moreira disse:

    Carro muito bom, só quem tem pode falar,o quanto ele é, seguro confortável e confiável anda muito não deixa a desejar pra nenhum outro da sua categoria. Tenho e recomendo!!

  • Silvestre Santos disse:

    Tenho um 2014 dynamique aut, não poderia ter comprado carro melhor, ele é tudo de bom, ao meu ver bota coriola, cruza e civica no bolso, carro completo, robusto e confortável, enfim impecavel…

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