Consumo: receita para o seu carro beber menos combustível (videochat)

Atualização (17/07)
Olá pessoal. Estou publicando as três partes do videochat do De 0 a 100 sobre dicas de consumo, que, com certeza, farão o seu carro beber menos combustível. O programa foi mesmo muito bom! Foram tantas perguntas que estamos até pensando em repetir o tema na semana que vem. Mas vamos ver isso com calma depois. Um abraço!

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Amanhã (17/07), às 17h, vamos conversar no videochat sobre “como melhorar o consumo do seu carro”. A ideia é passar algumas dicas que você já possa usar logo após o programa! A convidada dessa vez é a Paula Gomes, do Senai, que participa constantemente do quadro “Bê-á-bá do Automóvel”, do programa Vrum, no SBT. Para participar deste informativo e descontraído bate-papo, basta entrar no www.uai.com.br e/ou no De 0 a 100 um pouco antes das 17h!

Sobre o tema, consumo receber quase um e-mail por dia de pessoas reclamando que o carro bebe demais e que os motores flex são muito beberrões. Recentemente até publicamos o caso de um motorista que levou seu Punto ELX 1.4 a quatro concessionárias para ver se o carro estava com algum problema no motor por causa do alto consumo. Eu também achava que o meu carro estava bebendo mais do que eu esperava.

Porém, comecei a estudar o que poderia estar acontecendo. Primeiro observei alguns aspectos técnicos e mecânicos do carro. Depois de verificar que ele estava balanceado, alinhado, com novos filtros de ar (filtro de ar entupido pode aumentar o consumo em até 10%) e de óleo (e com óleo novo) e com os pneus calibrados (segundo o engenheiro da Michelin Renato Silva, rodar com pneus com pressão 30% inferior àquela recomendada pelo fabricante do veículo pode aumentar o consumo em até 2,5%), e de tirar toda carga inútil do carro, resolvi observar a maneira como eu estava dirigindo.

Um dia depois de começar a observação, comprei uma revista Quatro Rodas (junho/08) que publicou uma reportagem muito interessante (Dieta do avião) sobre (+-) “como a sua maneira de dirigir por influenciar no consumo do seu carro”. Nós já havíamos conversado muito sobre isso nos videochats – especialmente o Emilio Camanzi. Também já publicamos algumas matérias no Vrum com dicas para melhorar o consumo. Se você tiver um carro 1.0 ou 1.4 e quiser que ele tenha o desempenho de um 1.6 ou 1.8, obviamente ele vai beber mais. Se você sempre roda com o ar-condicionado ligado, o veículo também vai beber um pouco mais (cerca de 0,5% a 2%).

Voltando às maneiras de dirigir, a revista fez o mesmo trajeto duas vezes: uma com o motorista convidado dirigindo normalmente; e outra com o “especialista” em melhorar o consumo ao volante.

De acordo com a publicação, foi possível economizar até 40% de combustível mudando apenas o modo de dirigir. O que o “especialista” fez foi dirigir de forma mais tranquila, trocando as marchas com rotações mais baixas e desacelerando bem antes do sinal de trânsito, ao invés de frear o carro em cima da sinal. Segundo a Quatro Rodas: “acelere de leve mesmo, só não deixe o giro baixo a ponto de o motor pipocar (vibrar além do normal e mudar de som, como se fosse movido a diesel). O mínimo varia conforme o carro e a situação, mas 1.000 rpm, numa rua plana, é uma boa referência.

Em vez de afundar o acelerador para ganhar velocidade, use o câmbio. Se você está a 25 km/h em segunda marcha e quer chegar a 50 km/h, basta engatar a quarta e manter o motor como está, a 2.000 rpm.” Resolvi seguir na prática as dicas do “especialista” e o meu carro, rodando com gasolina, melhorou o consumo: de 7,7 km/l, foi para 8,6 km/l na cidade.

Em abril de 2008, a Quatro Rodas também já havia publicado algumas dicas de como melhorar o consumo. Coloquei abaixo as orientações “técnicas e mecânicas” para isso:

RECEITA PARA BEBER MENOS

CAUSA: VELAS
O PROBLEMA: Queima incorreta do combustível, por desgaste ou contaminação, ocasionando folga ou obstrução
QUANTO SOBE O CONSUMO: ATÉ 25%
QUANDO TROCAR: A cada 20 000 quilômetros (uso normal) ou 15 000 (uso severo), na média
QUANTO CUSTA: 30 a 100 reais o jogo, em média

CAUSA: FILTRO DE AR
O PROBLEMA: Pode estar entupido com poeira e outras partículas sólidas, deixando mais rica a mistura ar-combustível
QUANTO SOBE O CONSUMO: 10% A 20%
QUANDO TROCAR: A cada 15 000 quilômetros (uso normal) ou 7500 (uso severo), na média
QUANTO CUSTA: 30 a 50 reais, em média

CAUSA: FILTRO DE ÓLEO
O PROBLEMA: Quando contaminado por partículas poluentes e combustível adulterado, aumenta o atrito das peças do motor
QUANTO SOBE O CONSUMO: 10% A 20%
QUANDO TROCAR: A cada troca de óleo do motor
QUANTO CUSTA: 20 a 50 reais, em média

CAUSA: FILTRO DE COMBUSTÍVEL
O PROBLEMA: Se estiver sujo, empobrece a mistura ar-combustível. Além de sobrecarregar a bomba de combustível, ela pode até queimar. Caso isso ocorra, o prejuízo é a partir de 200 reais
QUANTO SOBE O CONSUMO: 20%
QUANDO TROCAR: A cada 10 000 quilômetros (uso normal) ou 8 000 (uso severo), em média
QUANTO CUSTA: 20 reais, em média

CAUSA: CATALISADOR*
O PROBLEMA: Pode ter derretido parcial ou completamente
QUANTO SOBE O CONSUMO: DE 5% A 10%
QUANDO TROCAR: A cada 80 000 quilômetros (uso normal) ou 40 000 (uso severo), em média
QUANTO CUSTA: 300 a 500 reais no mercado de reposição

*Pode até ultrapassar os 100.000 quilômetros, mas ele se deteriora rapidamente quando o motor não está funcionando com a manutenção perfeitamente em dia

CAUSA: ÓLEO
O PROBLEMA: O motor pode sofrer carbonização causada por óleo fora de especificação prevista no manual
QUANTO SOBE O CONSUMO: ATÉ 10%
QUANDO TROCAR: A cada 10 000 quilômetros (uso normal) ou 5 000 (uso severo), em média
QUANTO CUSTA: 45 a 90 reais, em média

CAUSA: ALINHAMENTO E BALANCEAMENTO
O PROBLEMA: Pode Atrito irregular dos pneus com o solo, diminuindo o desempenho. Nesse caso, também há um aumento no desgaste dos pneus
QUANTO SOBE O CONSUMO: ATÉ 10%
QUANDO TROCAR: A cada 10 000 quilômetros (uso normal) ou 5 000 (uso em estradas esburacadas), em média
QUANTO CUSTA: 70 reais, em média

Obs. 1: Na dúvida, siga sempre o manual do proprietário do veículo. 
Obs. 2: Uso severo entende-se por tráfego urbano intenso, quando a velocidade média é menor que 10 km/h, ou em estradas de terra muito empoeiradas e esburacadas.

Consumo – Lápis e acelerador 
Procedimentos simples ajudam a reduzir gastos com combustível. Para automóveis flex, devido à variação de preços, é preciso fazer operação aritmética básica

Eduardo Aquino – Estado de Minas
Publicação: 03/10/2007

Economizar combustível depende de procedimentos simples, que não exigem muito do motorista e são eficientes. Alguns não se importam muito com os pneus, por exemplo, mas eles não sabem que o pneu murcho pode aumentar o consumo em até 2,5%. Leia como fazer para que os gastos com combustível não pesem tanto no orçamento.

Etanol ou gasolina?

Essa é a dúvida dos proprietários de carros flex no posto. De acordo com o engenheiro mecânico José Edison Parro, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), a conta é relativamente simples: se o preço do álcool for de até 70% do da gasolina, compensa abastecer com o combustível derivado da cana. Basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7 e checar se o resultado é maior ou menor que o valor do álcool. Caso contrário, é melhor optar pelo derivado de petróleo.

Tomando como exemplo os preços médios cobrados esta semana pelos postos de Belo Horizonte (de R$ 2,29 para o litro de gasolina, e de R$ 1,45 para o de álcool em outubro de 2007), multiplica-se 2,29 por 0,7 e se encontra 1,60. Nesse caso, compensa optar pelo combustível derivado da cana, vendido a R$ 1,45.

Ar-condicionado

Embora seja um fator de segurança nas grandes cidades, pois permite que o motorista rode com vidro fechado, o ar-condicionado deve ser usado com moderação, se o objetivo for reduzir os gastos com combustível. O equipamento aumenta o consumo de 0,5% a 2%.

Calibragem

Segundo o engenheiro da Michelin Renato Silva, rodar com pneus com pressão 30% inferior àquela recomendada pelo fabricante do veículo pode aumentar o consumo em até 2,5%, devido à maior resistência à rodagem. “Pode parecer pouco, mas, se o motorista fizer as contas, após rodar 50 mil quilômetros, terá gasto a mais com combustível o equivalente a um pneu novo”, exemplifica.

Alinhamento

O aumento da resistência à rodagem dos pneus, por causa de suspensão desalinhada, também pode aumentar o consumo. Por isso, faça o alinhamento do conjunto suspensão/direção a cada 10 mil quilômetros, quando passar por alguma cratera ou viajar por estrada esburacada.

Manutenção

Segundo Edison Parro, a manutenção é essencial para garantir as características de rendimento e a boa performance do veículo. O motorista deve respeitar as recomendações constantes no manual do proprietário. “Muitos se esquecem de trocar o filtro de ar, por exemplo. Mas o que eles provavelmente não sabem é que filtro de ar entupido pode aumentar o consumo em até 10%”, alerta o presidente da AEA.

Carga inútil

Rodar com peso morto (pneus velhos, ferramentas não utilizadas, peças que foram trocadas, cadeiras de praia etc.) também contribui para aumentar o consumo.

Marcha econômica

Trocar de marchas no momento mais adequado também ajuda a economizar. O motorista deve trocar entre as rotações de torque máximo e potência máxima; não esticar demasiadamente as marchas; não usar marchas ‘fortes’, em trechos em que as mais ‘leves’ seriam mais indicadas; não usar ponto morto na descida (com a injeção, isso não economiza combustível e ainda desgasta os freios); e não acelerar nos intervalos de mudança das marchas.

Não esquente

Deixar o motor ligado na garagem, pela manhã, para esperar que ele aqueça, é jogar dinheiro fora, pois aumenta o consumo. O correto é ligar e sair.

Não acelere

Evite acelerações bruscas. A aceleração uniforme reduz consideravelmente o consumo de combustível e diminui a contaminação (de combustível no óleo), a poluição e o desgaste do motor. Não acelere, ao desligar o motor, isso também contamina o óleo.

Comentários

  • No meu caso, um problema no catalisar respondeu sozinho por 40% de aumento no consumo!
    Era um desses catlisadores embutido no coletor de escape e estava obstruindo muito a saída dos gases da combustão. A Ford pediu pouco mais de 4,500 reais (isso mesmo quatro mil e quinhentos) para substituir a peça.

  • CARLOS RANGEL disse:

    Possuo um Honda FIT EX 1.5 AT FLEX 2011 e tenho muitas dúvidas com relação a como dirigir ele com economia de combustível.

    Obrigado.

  • Humberto Jr. disse:

    “Trocar de marchas no momento mais adequado também ajuda a economizar. O motorista deve trocar entre as rotações de torque máximo e potência máxima”
    Se levarmos em conta o Fiesta que desenvolve todo o torque à 5000rpm e toda sua potência a 6500rpm.
    O coitado do motorista precisa esperar chegar a 5750rpm !!! para trocar de marcha !!!??? ¬¬

  • Santana disse:

    Uma coisa que poderia ser acrescentada aqui é a condição geral dos pneus, que junto ao alinhamento e balanceamento do carro, pode comprometer o consumo. No meu caso, estou com os pneus do carro ovalados, com DOT que aponta mais de 5 anos de fabricação. Fui balancear, mas a trepidação permanece. Comprei o carro usado. No meu caso, o ideal seria a troca dos 4 pneus, pois além da economia no combustível, no alinhamento e no balanceamento, ainda evitará a troca precoce de mais alguma peça, como amortecedores.

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