Renault inaugura nova fábrica para injeção de alumínio no Brasil

Nova fábrica alumínio da Renault no Brasil
Nova fábrica para injeção de alumínio da Renault no Brasil

No ano em que completa 20 anos de produção no mercado brasileiro, a Renault inaugurou, em São José dos Pinhais (PR), a Curitiba Injeção de Alumínio (CIA), nova fábrica resultado de um investimento de R$ 350 milhões, anunciado em 2017.

Com a inauguração, realizada no último dia 6, o Complexo Ayrton Senna passa a abrigar quatro fábricas: veículos de passeio, comerciais leves e motores, além da CIA.

“Desde que a Renault começou a fabricar no Brasil, há 20 anos, investimos cerca de R$ 7 bilhões para fazer da unidade brasileira uma planta estratégica não apenas para o país, mas para toda a Região Américas. A inauguração da CIA traz uma dose extra de eficiência ao nosso negócio, permitindo que alcancemos resultados ainda melhores”, afirma Olivier Murguet, presidente da Renault para a América Latina.

Curitiba Injeção de Alumínio

Com uma área construída de 14 mil m², a Curitiba Injeção de Alumínio tem capacidade produtiva anual de 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes do motor 1.6 SCe. Aproximadamente 100 profissionais trabalham na CIA atualmente, em dois turnos. Segundo a empresa, “a nova fábrica reúne as melhores e mais modernas práticas em injeção de alumínio da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi no mundo, além de ser a única linha de injeção de cabeçote no Grupo Renault”.

A nova fábrica da Renault possui telhas translúcidas, que aproveitam a luz natural, e iluminação 100% LED, de maior durabilidade e economia. Por fim, o pré-aquecimento das barras de alumínio é feito com o reaproveitamento do calor do processo, contribuindo para a utilização racional de gás. Com tudo isso, o consumo de energia elétrica e de gás natural é 5% menor.

Nova fábrica alumínio da Renault
Unidade fica dentro do Complexo Industrial da Renault, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR)

Processo produtivo

A produção do bloco é composta por quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico. Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 22 ml por peça, contra até 12 litros utilizados em métodos de produção tradicionais. Entre os principais resultados estão a economia, um ambiente limpo e sem fumaça e mais velocidade na fabricação.

A injeção do alumínio no bloco é feita de forma totalmente robotizada, a uma velocidade de 200 km/h, com pressão de 900 bar, próxima à encontrada no ponto mais profundo dos oceanos. A injetora é em torno de 20% mais compacta e tem produtividade 15% maior que a de máquinas de geração anterior.

Cabeçote

Já a produção do cabeçote é composta de cinco etapas: fusão, sopro de machos de areia, injeção de baixa pressão, acabamento e tratamento térmico. O processo de fabricação é inorgânico, ou seja, isento de fumos e emissões de carbono, o que contribui para a qualidade do ambiente. Também neste processo, a CIA utiliza uma injetora cerca de 30% mais compacta e com produtividade 20% maior que a de equipamentos de outra geração.

A qualidade do bloco e do cabeçote é conferida na própria CIA, que possui um laboratório metalúrgico, onde são realizados diversos testes. Entre os destaques está um equipamento de tomografia computadorizada industrial, primeiro deste porte em uma montadora na América do Sul, segundo a Renault. A máquina é capaz de fazer a análise das peças em três dimensões e é utilizada para controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento.

Curitiba Motores

Os componentes produzidos na CIA têm como destino final a Curitiba Motores (CMO), onde são fabricados os propulsores que equipam os veículos da marca. A fábrica passa por uma ampliação a ser concluída nos próximos meses, com investimento de R$ 400 milhões. Fundada em 1999, a unidade já produziu cerca de 3,8 milhões de motores, já tendo exportado aproximadamente 40% desse total.

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