Em quase 12 anos do De 0 a 100, essa é a primeira vez que compartilho publicamente um carro que tenho na minha garagem: acabei de comprar um Ford Ka SE Plus 2019. A partir disso, pergunto: será que fiz uma boa escolha?
Por que o Ka SE Plus 1.0?
Eu queria trocar o meu veículo anterior por um carro um pouco maior e mais espaçoso para um motorista alto, como eu. Além disso, queria um carro mais moderno e com motor 1.0 mais eficiente, uma vez que o preço do combustível no Brasil está absurdo.
Olhei então várias opções no mercado e o Ka me apresentou o melhor custo/benefício, especialmente a versão SE Plus, que oferece, de série, ar-condicionado, direção, trava, retrovisores e vidros elétricos; capa dos retrovisores e maçanetas externas na cor do veículo; faróis de neblina; limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro; sensor de estacionamento traseiro; sistema Sync 3 com tela de LCD com 6,5″, multifuncional e touchscreen, com conectividade com Apple Car Play e Android Auto, conexão Bluetooth, duas entradas USB e comandos no volante; airbag duplo, freios com sistema ABS, ajuste de altura do banco do motorista e do volante; entre outros itens.
Leia também: Meu Ford Ka – Concessionária Roma Ford parece não querer muito contato comigo
Mas não vir com alarme de série (preferencialmente que sobe os vidros) é um ponto negativo.
Mas bom espaço interno e ausência de fechadura externa no porta-malas também fizeram a diferença – aspectos que pesaram diretamente na escolha.
Também pesou o fato do Ka ser o carro mais barato de manter entre os sete mais vendidos do mercado, segundo a Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, considerando os custos que incidem sobre o veículo no período de três anos de uso: tributos, combustível e gastos de manutenção, como troca de óleo, pneus, lavagem e manutenção preventiva, até a depreciação na revenda.
Motor do Ford Ka SE Plus 2019
Eu queria um carro com um motor menor do que o meu anterior e que fosse mais eficiente em termos de consumo. Ainda que o Ka seja meio gordinho, com três cilindros e sem tanquinho de partida a frio, o propulsor 1.0 12V bicombustível do Ford Ka SE Plus 2019 parece promissor.
Ele desenvolve 80 cv de potência de 10,2 mkgf de torque com gasolina e 85 cv e 10,7 mkgf com etanol. São números até bons, mas que considero “justos” para mover os 1.037 kg do modelo, sem contar os passageiros.
Seu tanque leva bons 51 litros enquanto o porta-malas tem capacidade para razoáveis 257 litros (categoria “exige”, pelo menos, 280 l) – Ford priorizou o espaço para os passageiros sacrificando o de bagagem.
Primeiras impressões
Os primeiros contatos com o Ka têm sido bons. Carro fácil de dirigir, com a direção leve e bom espaço interno. A média de consumo, com etanol, na cidade, está em 7,2 km/l – razoável para o início, com tendência a melhorar com o passar do tempo.
O novo câmbio da linha 2019 se mostrou mais eficiente do que o usado até a linha 2018, com engates mais fáceis e precisos. O reforço estrutural aplicado na carroceria do Ka 2019 também fez bem ao veículo, que está mais gostoso de dirigir, parecendo mais “sólido”.
Agora, o fim da picada é o Ka SE Plus, o topo de linha do 1.0, não ter alarme de série. Tão ruim quanto é o fato de algumas concessionárias nem terem o dispositivo para instalar como acessório no início de setembro de 2018. Rede Ford realmente despreparada.
Outras opções
O Ka entrou na disputa com o Nissan March, Chevrolet Onix, Fiat Argo, Volkswagen Polo e Hyundai HB20. O HB20 foi o primeiro a ser descartado por causa da falta de confiança nas concessionárias da marca em Belo Horizonte e pelo espaço interno muito ruim para o motorista muito alto (por isso nem entrou no vídeo acima).
O segundo a sair do páreo foi o March SV: concessionária pouco amigável em termos de negociação e veículo aquém do esperado pelo preço pedido. Embora eu adore o March e, pela segunda vez, tenha considerado ter um, o valor agregado do Ka foi bem superior ao do simpático Nissan.
O carro mais vendido do Brasil foi o terceiro a cair: a concessionária Líder BH fez uma proposta excelente num Onix LT, valorizando bem o meu carro na troca, mas o fato de eu bater a cabeça no teto do Chevrolet, no banco do motorista, matou o modelo.
Esse também foi o problema do Argo Drive, além do fato da concessionária Automax, onde fui, ter feito a pior avaliação inicial do meu carro que seria usado na troca, e olha que ele era um Fiat! Uma vergonha!
Favorito para a minha garagem, o Polo foi o último a ser descartado: preço alto e falta de ajuste de altura do volante (tornando a posição de dirigir muito ruim) mataram o ótimo hatch da Volks no meu caso.
Negociação
Sobrou então o Ka. Estive na Pisa, na Forlan e na Roma Ford (antiga BH Ford), todas em Belo Horizonte (MG), para conversar.
Na Pisa, os descontos oferecidos para o Ka eram limitados e não ficou muito claro para mim o que poderia ser feito em termos de formas de pagamento e possíveis “brindes”.
Na Forlan, mais uma vez parecia que faltou ânimo para quem me atendeu em realmente querer me vender o carro. Isso já havia acontecido nessa revenda anos antes, quando quis comprar um Focus (e acabei comprando o Civic).
A Roma Ford Lourdes foi a mais amigável e a negociação durou cerca de 15 dias. Como eu tinha uma proposta melhor do Onix, pedi para eles a igualassem ou melhorassem, e foi isso que fizeram, resultando na compra.
Próximo capitulo
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Eu ficaria com o argo , e procuraria outra concessionária , automax e horrível o atendimento , devido essa experiência terrível hoje não sou mais cliente Fiat mais sim VW , concessionária Auto Lafaiete atendimento nota 10.
Boa compra com escolha direcionada para conforto, veículo com teto mais alto, e custo. Fiquei surpreso com o consumo de etanol na cidade. Tenho um HRV a dois anos e o computador de bordo vem indicando 7.1 com etanol na cidade tb em BH. Provavelmente com o tempo vc deve conseguir bem mais que isso. Agora ficaria na dúvida entre um Argo e o próprio KA. Mas as promoções da Ford para o KA estão muito boas. Não é à toa que é o segundo veículo mais vendido. Posta pra gente sua relação com o novo carro.
Oi Gustavo! O carro está com 700 km rodados, por isso o consumo ainda não está dos melhores. A tendência, realmente, é melhorar. Ainda não rodei com gasolina para medir e cheguei a conseguir médias melhores com etanol, como 7,3 km/l e 7,8 km/l, como também tive médias piores, como 6,5 km/l e 6,8 km/l. Já estou postando novos conteúdos sobre o carro, como a primeira impressão do pós-venda da concessionária. Depois virá um teste mais completo, um episódio do Teste do Alto e um vídeo sobre a película que coloquei no carro (não necessariamente nessa ordem). Um abraço!
Aluguei um Ka ano passado e fui para búzios , o consumo foi excelente na rodovia no álcool.
eu ja dirigi pela localiza o march, ônix e ka e posso dizer q dos 3 me senti melhor no ka. portanto fez sim a melhor escolha ate os 50mil. esse polo de entrada e bom mas muito caro pro q oferece enquanto o ka já vem completo e so perde no design e espaço interno pro polo. qto ao ônix eu tmb considero um excelente carro de entrada mas sofre do msm mal de quem e alto e já teve classic e o prisma derivado de celta… espaço ruim pra cabeça por causa do banco alto msm na regulagem mais baixa. tirando esse defeito o ônix e ka são as melhores compras entre os carros de entrada.
Ótima sua matéria sobre escolha do Ford KA. Quero ver o que ocorreu com o pós venda…abc