Fernando Calmon – Ford em busca do tempo perdido com o novo Mustang Mach-E

Ford Mustang Mach-E
Ford Mustang Mach-E

A Ford até que foi rápida quando começou a oferecer híbridos no mercado mundial. Mas estava atrás de outros fabricantes no tocante a modelos 100% elétricos. Agora descontou a diferença com o novo Mustang Mach-E que acaba de ser apresentado em Los Angeles, na Califórnia.

Mustang é uma marca icônica de cupês de alto desempenho. O modelo vendeu nada menos de 113.000 unidades no mundo em 2018, das quais 76.000 nos EUA. Aliar essa grife a um SUV cupê, e elétrico, pode configurar algo chocante. Porém a fabricante sabe que aquele cupê não é o único automóvel na garagem do comprador. O segundo modelo certamente é um SUV e a empresa confia em atrair interessados em sua própria marca e aquelas dos concorrentes.

Pequisas

Suas pesquisas apontam os principais receios de potenciais clientes: 64% acham que há poucas estações de recarga; 59% que o alcance é insuficiente; 51% apontam o longo tempo de recarga; 43% preocupam-se com escassez de oficinas especializadas. A Ford afirma ter atacado todos esses pontos. Até 2025 espera que 8% dos modelos novos nos EUA, 15% na Europa e 14% na China sejam elétricos somados aos híbridos plugáveis em tomada. Não fez estimativas para o resto do mundo.

Mach-E só estreia nos EUA daqui a um ano, fabricado no México e na China e previsão de 50.000 unidades/ano. Terá uma gama de cinco opções lançadas em etapas, com tração nas rodas traseiras ou 4×4, potências entre 258 e 465 cv, alcance de 370 a 480 km e preços de US$ 44.000 a 60.000 (R$ 180.000 a 250.000, conversão direta). Preços atraentes, dependendo dos equipamentos incluídos. Importação para o Brasil considerada certa.

Mede 4,72 m de comprimento e 1,88 m de largura, dimensões equivalentes às de um Porsche Macan. Visto ao vivo o estilo é bem atraente com teto pintado de preto que realça as linhas de cupê e uma traseira bem-resolvida. A “grade” das versões de menor preço já não atrai tanto, à exceção da versão GT mais elaborada e com iluminação de LED do perfil do famoso cavalo selvagem galopante. Maçanetas externas são embutidas com comando elétrico por um discreto botão ou destravamento automático via aplicativo de celular.

Por dentro

Internamente a tela atrás do volante tem desenho retangular, de pequenas dimensões e apenas com informações básicas. Em compensação há um verdadeiro e estiloso monitor vertical, de 15,5″, multifunção, alta conectividade e tecnologia de ponta de autoaprendizado. Espaço interno é muito bom, inclusive para quem vai atrás e também colocação de objetos em nichos espaçosos. Como ainda está em nível de protótipo, a versão GT tinha o interior inacessível no dia da apresentação mundial, mas promete se destacar nesse quesito.

Porta-malas traseiro, mesmo sem estepe, não é dos maiores, mas há um segundo na parte dianteira.

Também não foi possível dirigir o carro, apenas acompanhar um piloto da Ford ao volante. Além de acelerações bastante convincentes, a prova de zigue-zague entre cones na pista não deixa dúvidas sobre o comportamento ágil e seguro de todo carro elétrico com baterias no assoalho.

Mustang tornou-se um nome tão forte que não seria surpresa transformar-se em marca independente no futuro.

ALTA RODA

ONZE modelos e versões a General Motors prometeu lançar em 2019. Até agora foram oito e na próxima semana o nono, Onix hatch, de nova geração. Em dezembro duas versões do Equinox: Midnight e outra (a Coluna antecipa) de preço menor, motor turbo de 1.5. Quanto ao novo Spin, no final de 2020, vai evoluir de minivan a crossover de 5 e 7 lugares, levemente inspirado nas linhas do elétrico Bolt.

DEPOIS de vários anos estagnados na faixa de 35% de participação, os motores de 1 litro começaram a avançar de novo na preferência dos compradores graças às versões de três cilindros com turbocompressor. Em setembro e outubro últimos subiram para 40%. Com lançamentos atuais e os próximos podem chegar a 45% em 2020. Em 2001 representavam 70% das vendas.

BMW Z4 M40i é um roadster (conversível de dois lugares) que carrega tradição e ao mesmo um conjunto mecânico bem acima da média. Nenhum motorista fica indiferente ao ronco do motor turbo, 6 cilindros em linha de 340 cv e nada menos de 51 kgfm. Comportamento em curvas passa total segurança e os bancos são perfeitos. Ótima vedação da capota de lona.

NOTÍCIAS da Argentina indicam que o SUV médio da VW (na faixa do Compass, Tucson, RAV4, CR-V e outros) ficou mesmo para 2021. Só que não se chamará nem Tarek e nem Tharu: nome por decidir. A picape concorrente da Toro, nome provisório “Tarok”, chega só em 2022. A empresa (ainda) não confirma que produção será no país vizinho. Mas será.

AÇÃO inédita da Peugeot oferece até o fim deste mês carros usados, adquiridos nas concessionárias, com garantia de fábrica por um ano. Atualmente, o prazo usual para modelos usados é de três meses e o vendedor assume a garantia. Iniciativa vale para veículos a partir do ano-modelo 2015 e no máximo 80.000 km rodados. A marca busca imagem de maior confiabilidade.

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