Nissan Sentra flex e Kia Cerato – o calcanhar de Aquiles do Honda City

O mercado de sedãs está muito animado e aquecido nesse momento no Brasil. Depois do Honda City, agora é a vez do Nissan Sentra virar flex e do Kia Cerato chegar ao mercado. Mas vamos por partes aqui nesse post.

Nissan Sentra agora bebe álcool

Nipônico com álcool

O novo Sentra chegou ao nosso mercado vendendo bem e sendo bem aceito pelas pessoas. Porém, o “encanto passou” e o carro caiu nas vendas. Agora a Nissan tentar dar uma revigorada no modelo e altera um ponto que era bastante questionado do veículo: a falta da tecnologia flex.

O motor 2.0 16V flex ganhou 1 cv quando abastecido com álcool e agora desenvolve 143 cv de potência. Para quem ficou na dúvida, o bocal para abastecimento do tanque de partida a frio fica próximo ao pára-brisa, como no Tiida e no nacional Livina. O Sentra vem do México já equipado com ar-condicionado, direção elétrica, freios ABS, trio elétrico, sistema de som e agora com retrovisores rebatíveis, novo estofamento para os bancos, pequenas mudanças no para-choque traseiro e o logotipo flex na tampa do porta-malas.

Seu preço inicial está na casa dos R$ 55.300 na versão de entrada. Com mais alguns itens, como rodas de liga leve, computador de bordo e farol de neblina, o valor sobe para quase R$ 61.000. A versão SL, topo de linha, custa na casa de R$ 72.000 com câmbio CVT.

Falando na transmissão, ficou claro que a tecnologia CVT e a flex são compatíveis, diferente um pouco do que a Honda disse ao desistir do excelente câmbio para o Fit. Qual seria então o verdadeiro motivo para o fim dos CVTs na Honda? Preço?

Visual do Cerato lembra um pouco o do Civic
Visual do Cerato lembra um pouco o do Civic

Duelo de sedãs compactos “super premium”

No dia 22 de agosto chega o Kia Cerato. Quando li as informações sobre o carro, na hora pensei: esse é exatamente o preço o Honda City deveria ter! Com o valor sugerido de R$ 49.900, o novo Cerato chega com motor 1.6 16V de 124 cv a gasolina (o mesmo do Soul) e cinco anos de garantia.

A versão de entrada vem equipada com direção hidráulica, ar-condicionado, airbag duplo, computador de bordo, vidros, trava e retrovisores (com setas) elétricos, rádio com CD e MP3 player com entrada auxiliar USB e conexão para iPod, controle remoto do rádio no volante, rodas de liga leve aro 15”, e alarme (na chave). Por R$ 52.900, você leva o Cerato com os itens acima mais faróis de neblina, rodas de liga leve aro 16”, freios ABS, ar-condicionado digital, acabamento metálico no painel e volante e alavanca de câmbio revestido de couro. Um ótimo custo/benefício. Se o seu interesse for pelo modelo automático, acrescente mais – salgados – R$ 5.000 ao valor final, que sobe para R$ 57.900.

Cerato tem belo conjunto
Cerato tem belo conjunto

Agora veja uma coisa. O City tem três anos de garantia e motor 1.5 16V i-VTEC flex de 115/116 cv de potência. Seu porta-malas tem capacidade para bons 506 litros. Já o Cerato tem propulsor mais potente, mais dois anos de garantia e porta-malas 90 litros menor (416 l – segundo números da Kia dos EUA).

Será então que vale mais a pena comprar um City LX equipado com ar-condicionado, direção elétrica, trava, vidros e retrovisores elétricos, CD-Player (MP3/WMA) e entrada auxiliar (P2/USB), rodas de aro 15” (com pneus 175/65) e airbag duplo frontal por R$ 56.210; ou um City EX, que tem os mesmos itens do LX além de rodas de aro 16” (com pneus 185/55), ar-condicionado digital, freio a disco nas quatros rodas com ABS e EBD e controlador de velocidade por R$ 61.650; ou até mesmo um City LX automático por R$ 60.010; ou um Kia Cerato manual completo por R$ 52.900, ou automático por R$ 57.900?

A verdade é que a Honda confia demais nos seus produtos e cobra um preço premium por eles (como a Sony faz com eletrônicos). Já a Kia precisa cumprir a promessa e manter os preços, já que a sua irmã coreana Hyundai não foi feliz com os valores do i30.

PS: No Brasil, o Cerato tem cinco anos ou 100.000 km de garantia (o que chegar primeiro). Nos EUA, onde o carro é chamado de Forte, a garantia é de 10 anos ou 100.000 milhas (160.934 km). Por que será?

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